quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Febre aftosa: procura por vacinas continua em baixa no RN

A segunda etapa da campanha de vacinação do rebanho bovino potiguar contra a febre aftosa, iniciada no último dia 1º de novembro, visa erradicar a doença e tem como meta atingir 94% do rebanho até o final do mês, mas está esbarrando num mau costume: o de deixar tudo para a última hora. A erradicação da aftosa garantirá o fortalecimento da indústria agropecuária, sendo de extrema importância para importância para a economia do estado. Segundo o secretário estadual de Agricultura, Betinho Rosado, o trabalho de conscientização dos pecuaristas continua de maneira árdua para que seja possível atingir o objetivo. A campanha segue até o final do mês.

Entretanto, a reportagem do Diário de Natal verificou que o movimento dos criadores em busca da vacina ainda é tímido, segundo apuração junto à lojas do setor agropecuário existentes no Alecrim. "É costume das pessoas deixar para a última hora, o que eu não aconselho. Isso porque quando isso acontece normalmente não há vacinas suficientes e os produtores terão transtornos de ter que voltar para buscar o que faltou", adverte José Pereira, gerente de vendas da Comercial Parque Agrícola.

Segundo o gerente, a venda de vacinas acentua na segunda quinzena e os últimos dias são sempre de intenso movimento nas lojas. "Temos que aproveitar para fazer esse trabalho logo. As vacinas estão em grande quantidade nas lojas e a um preço agradável para os produtores", coloca Pereira.

De acordo com informações de José Pereira, as vacinas custam em torno de R$ 1,25 a R$ 1,50 cada dose, dependendo do local de compra. Cada frasco vem com no mínimo 10 doses e no máximo com 50 doses, sendo o preço das doses sempre proporcional. "Aqui na capital as vacinas estão sendo vendidas mais baratas. Nos interiores, sempre é um pouco mais caro", afirma.

A procura, mesmo baixa, é de cerca de 30 produtores por dia. Um deles é Luiz Gonzaga Castro, de 66 anos. Pequeno criador de Caiçara do Norte, Luiz Gonzaga veio a Natal para comprar 30 doses para os seus animais. Já Henrique Augusto Freire, 54, possui mais de 2 mil cabeças de gado em várias regiões do RN e afirma vacinar todas nesse período de campanha.

Informações de José Xavier, dono da Casa dos Fazendeiros, comprovam que as visitas dos técnicos do Instituto de Defesa e Inspeção do Estado do RN (Idiarn) são frequentes. "Uma vez por semana eles comparecem para pegar os números de vendas e duas vezes por semana verificam a temperatura do frigorífico. Na segunda quinzena, eles aparecem todos os dias, até duas vezes por dia", frisa. Após a vacinação, um questionário enviado pelo Ministério da Agricultura será aplicado para mostrar a adequação do Rio Grande do Norte aos critérios estabelecidos pela instância federal.


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